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Pr.  Jeziel  Gusmão

Símbolos do Natal

Textos Bíblicos Básicos: 

Lucas 2.12: “E isto vos será por sinal: Achareis o menino envolto em panos, e deitado numa manjedoura”.

Mateus 24.24: “Porque surgirão falsos cristos e falsos profetas, e farão tão grandes sinais e prodígios que, se possível fora, enganariam até os escolhidos”.


INTRODUÇÃOO nascimento de Jesus não tem nenhuma semelhança com as lojas requintadas ou com o clima de inverno no hemisfério norte. Se você pesquisar a palavra natal em imagens da internet encontrará vários símbolos que não estão citados na Bíblia. Como Jesus disse, devemos discernir os sinais dos tempos. Precisamos conhecer o significado dos símbolos e se caso estiverem errados saber que são sinais de que a volta de Jesus está próxima e os enganadores estão pelo mundo.

OS SÍMBOLOS PODEM SER DE 3 TIPOS: 

Bíblicos: quando estão baseados em passagens da escritura e apontam para o sentido bíblico da mensagem. João 5.39: Examinais as Escrituras, porque vós cuidais ter nelas a vida eterna, e são elas que de mim testificam”.

Extra Bíblicos: são os que não estão demonstrados claramente na escritura, mas também não contradizem a ela. Mateus 22.29: “...Errais, não conhecendo as Escrituras, nem o poder de Deus”.

Antibíblico: símbolos que não contribuem para o significado bíblico e teológico da mensagem. 2 Pedro 1.16: “Porque não vos fizemos saber a virtude e a vinda de nosso Senhor Jesus Cristo, seguindo fábulas artificialmente compostas; mas nós mesmos vimos a sua majestade”.


SÍMBOLOS BÍBLICOS DO NATAL: alguns símbolos do Natal que estão citados na Bíblia são: ESTRELA, MANJEDOURA, PASTORES, ANIMAIS e PRESENTES.

ESTRELA: Uma estrela surgiu no céu quando Jesus nasceu (Mt 2.1-10)Os astros foram criados por Deus para marcar tempos e épocas (Gn 1.14-16). A data do nascimento de Jesus foi marcada pelo aparecimento de uma grande estrela. Isso foi profetizado por Isaías quando disse que “o povo que andava em trevas viu grande luz” (Is 9.2). A estrela é símbolo da luz de Deus que veio ao mundo no Natal.

MANJEDOURA: O lugar onde Jesus foi colocado por seus pais, "uma manjedoura", que é onde se coloca alimentos para os animais (Lc 2.7,12;16)A manjedoura é um símbolo de simplicidade do Natal. No caso do “menino Jesus”, não deve ser feita imagem com propósito de veneração ou qualquer representação de sua pessoa que possa indicar idolatria (Ex 20.4).

PASTORES: A presença dos pastores mostra que não era tempo de inverno como nos filmes americanos e alguns estudiosos supõem que seria outono (Lc 2.8-14). Os pastores representavam uma classe discriminada na sociedade judaica. Sua profissão era considerada imunda devido ao contato com animais (Lv 5.2)Por isso não podiam entrar no templo. Mas Deus os escolheu para serem os primeiros anunciantes da vinda do Salvador ao mundo (Lc 2.17)Os pastores representam as pessoas simples e o dever de evangelizar através do Natal.

ANIMAIS: O estábulo onde José e Maria encontraram abrigo era um local onde ficam animais (Lc 2.7)A presença dos pastores indica que seus animais o acompanhavam (Lc 2.8)Provavelmente estes animais seriam ovelhas, gado e animais de carga como cavalos, jumentos ou camelos, comuns para a época e região. Os animais simbolizam que a natureza exalta a Deus pela vinda do Salvador ao mundo no Natal.

PRESENTES: Tornou-se comum com o tempo o hábito de presentear no Natal. A base para esta prática veio do exemplo dos reis magos que presentearam a família de Jesus com “ouro, incenso e mirra” (Mt 2.11)Estes símbolos se torna controverso diante do capitalismo e do comércio no tempo do natal, mas se for motivo de solidariedade e demonstração de carinho ao doar presentes, pode também condizer com o sentido real do Natal. Os presentes são símbolo de que Jesus é o maior presente de Deus para a humanidade (Jo 3.16)Entretanto, se criou um costume de presentear a todos menos ao verdadeiro aniversariante do Natal: “Jesus Cristo”.


OS SÍMBOLOS BÍBLICOS DO NATAL PODEM SER USADOS. São os símbolos que acabamos de mencionar, desde que não haja atitude de idolatria. Eles são considerados bíblicos por encontrar sua fonte nas Escrituras, mas mesmo assim muitas pessoas os distorcem construindo presépios que se tornam altares de idolatria. Os mesmos podem ser usados se tiverem sentido didático para ensinar a respeito do sentido do Natal e sem conteúdo místico ou de adoração. 


SÍMBOLOS EXTRA BÍBLICOS DO NATAL: são símbolos extra bíblicos do Natal, os que não estão citados na Bíblia é mais não contrariam ó ensino bíblico. Tais como:

LUZES: A prática de iluminar as casas no período do Natal tem o sentido de que a vinda de Jesus trouxe a luz de Deus ao mundo (Jo 8.12)As velas, muitas pessoas se escandalizam pelo fato de acender velas se assemelhar muitos a cultos espíritas. Neste caso, se for para escandalizar o irmão é melhor não usar (2Co 6.3)Entretanto, sabemos que de nada adiante colocar lâmpadas ou velas em toda a casa se a verdadeira luz que é Jesus não estiver presente, tudo está em trevas (Jo 1.9)O significado das luzes é dizer que o Natal anuncia Jesus, a luz do mundo.

ÁRVORE: O pinheiro enfeitado é usado como símbolo de alegria e festa pela chegada do Messias. Porém, esta tradição veio de culturas pagãs que celebravam o solstício de inverno próximo ao dia 25 de dezembro e foi aderido como símbolo no cristianismo pelo monge Bonifácio na intenção de combater os costumes pagãos e ensinar sobre o Natal. Já no Antigo Testamento existia a associação de cultos idólatras com árvores (2Rs 14.23; 16.4; 17.10; 1Cr 10.12; 2Cr 28.4; Is 57.5; Jr 2.20; 3.6,13; Ez 6.13)Entretanto, existem outras versões da origem da Árvore de Natal, como a tradição protestante de que Martinho Lutero tenha ornamentado uma árvore em sua residência para celebrar o Natal. Portanto, desde que não seja com intenções idólatras ou místicas a árvore pode ser um símbolo da natureza e dos frutos que Jesus veio trazer em nossas vidas (Gl 5.22,23)O significado da árvore deve ser os frutos da vida cristã no Natal.

GUIRLÃNDA: É uma coroa de galhos com ramos, flores e frutos que se pendura nas portas para mostrar que naquela casa celebra-se o Natal. Também é usado sobre mesas chamando de “coroa do advento”. No período que antecede o Natal, chamado de Advento, que significa a vinda de Cristo ao mundo, costuma-se colocar a guirlanda com 4 velas que vão sendo acesas a cada domingo um mês antes do dia de Natal. Este costume também se baseia historicamente no solstício de inverno entre os romanos e foi aderido pelo cristianismo com o tempo. Esta prática litúrgica não me parece contradizer as Escrituras, desde que o mesmo não escandalize os outros (1Co 8.13; Rm 14.13)A Guirlanda ou Coroa do Advento deve significar que o Natal é tempo de alegria.

SINOS: Os sinos que ficam nas torres das igrejas servem para anunciar momentos importantes, desde avisar as horas até eventos para a comunidade. Tradicionalmente na história se usavam os sinos tocando-os musicalmente no dia de Natal com propósito de festejar e anunciar a vinda de Jesus ao mundo. Até mesmo igrejas protestantes têm o hábito de usar sinos. Este costume não é bíblico, pois não se fala de sinos na Bíblia, mas se estiver baseado em louvar a Deus “com címbalos sonoros” (Sl 150.5); pela vinda de Jesus, não está em desacordo com a Escritura. Os sinos devem simbolizar louvor a Deus pelo Natal. Os símbolos extra bíblicos podem ser motivo de controvérsia e por isso são questionados. Ninguém é obrigado a aceitar um símbolo que não seja baseado na Palavra de Deus (Is 8.20)Além disso, novos símbolos podem ser criados para designar a mensagem do Natal com propósito educativo. Um dos critérios principais para que um símbolo extra bíblico não ser rejeitado seria o fato de não ter conteúdo místico nem idólatra.


SÍMBOLOS ANTIBÍBLICOS DO NATAL: alguns símbolos que surgiram para o Natal, mas contrariam os princípios da palavra de Deus, são:

PAPAI NOEL:  O personagem do Papai Noel foi inspirado na história de um bispo na Turquia chamado Nicolau, mais tarde canonizado São Nicolau, por ajudar as pessoas que tinham necessidade. O chamado “bom velhinho” é um símbolo antibíblico do Natal porque se coloca no lugar de Jesus como o doador de bênçãos (1Tm 2.5)Esta história de um velhinho que voa com henas e distribui presentes no mundo todo em uma única noite é uma mentira que precisamos libertar nossas crianças (Jo 8.32). Esta lenda não passa de uma estratégia comercial. Jesus é o Salvador do mundo e o único que deve ser homenageado no Natal (Lc 2.11).

ANJOS: Os anjos estiveram presentes no nascimento de Jesus louvando a Deus (Lc 2.13)Embora os anjos sejam citados na Bíblia e no nascimento de Jesus, usar imagens de anjos é um símbolo antibíblico no Natal, pois “não farás para ti imagem de escultura, nem semelhança alguma do que há em cima nos céus, nem embaixo na terra” (Ex 20.4)Os seres angelicais são ministros de Deus (Hb 1.14); e só podem ser vistos com a permissão do Senhor por um propósito. Muitas religiões e místicos cultuam os anjos e “não é de se admirar, porque o próprio Satanás se transforma em anjo de luz” (2Co 11.14)Os anjos não devem ser adorados (Cl 2.18)Também não devemos fazer imagens de anjos (Dt 5.8).

DUENDE: Existem várias lendas baseadas em mitologias sobre seres que vivem nas florestas e que têm poderes mágicos. Há diversos nomes podem designar: goblins, pixies, elfos, gnomos, etc. Em muitos contos de Natal os duendes são os ajudantes do Papai Noel. Estes símbolos devem ser rejeitados por ser antibíblico, contrariando a Palavra de Deus por se basear em fábulas (1Tm 4.7)Sua própria aparência demonstra que são malignos (2Co 10.20). Estão associados a poderes místicos como prática de magia que é contrário á Palavra de Deus (Dt 18.11)Os símbolos antibíblicos por si mesmo já mostram que não são dignos de ser usados no natal porque são “doutrinas de demônios” (1Tm 4.1)Ensine para as crianças os verdadeiros símbolos do Natal para que conheçam a Jesus e cresçam em sua presença (Pv 22.6).


CONCLUSÃO:

1Jo 4.1-3: "Nisto reconheceis o Espírito de Deus: todo espírito que confessa que Jesus Cristo veio em carne é de Deus; e todo espírito que não confessa a Jesus não procede de Deus; pelo contrário, este é o espírito do anticristo, a respeito do qual tendes ouvido que vem e, presentemente, já está no mundo”.

A história mais linda que a humanidade já conheceu foi distorcida com acréscimos e mentiras para tirar o foco do Natal da pessoa do Salvador e levar para coisas deste mundo. Todo espírito que nega que Jesus veio em carne é do anticristo e todo espírito que declara que Jesus veio ao mundo para morrer por nós é de Deus. Então o Natal verdadeiro que é de Deus é aquele que celebra a Jesus como Senhor e Salvador (Lc 2.11).

Muitas pessoas ignoram os significados dos símbolos e por isso são enganados. Os símbolos Bíblicos podem ser usados para ensinar sobre o Natal, mas não podem ser venerados nem atribuir sentidos místicos aos mesmos para não perder seu verdadeiro significado. Símbolos extra bíblicos podem ser usados ou até mesmo criados com o propósito didático de ensinar sobre o nascimento de Jesus, mas com o cuidado para não contrariar a Palavra de Deus. Os símbolos antibíblico devem ser recusados e desmentidos através da verdade das Escrituras, Jo 17.17.


ENTENDA O SIGNIFICADO DOS SÍMBOLOS PARA NÃO CAIR NA IDOLATRIA!!!


    Mordomia & Contribuição


Nada que possuímos é realmente nosso. Nem nós somos de nós mesmos! Quando a Bíblia fala de obra de Jesus na cruz, fala de redenção. Cristo nos comprou para Deus através de seu sacrifício; isto é claramente mostrado na Palavra do Senhor (Ap 5.9,10): "...porque foste morto e com teu sangue compraste para Deus os que procedem de toda tribo, língua, povo e nação, e para o nosso Deus os constituíste reino e sacerdotes; e reinarão sobre a terra."

Tudo o que somos e o que temos pertence a Deus. Devemos viver como bons mordomos, administrando bem aquilo que é do Senhor. Jesus usou o conceito de mordomia, aplicando-o a nós (Lc 12.42-46): "Disse o Senhor: Quem é, pois, o mordomo fiel e prudente, a quem o senhor confiará os seus conservos para dar-lhes o sustento a seu tempo? Bem-aventurado aquele servo a quem seu senhor, quando vier, achar fazendo assim. Verdadeiramente vos digo que lhe confiará todos os seus bens. Mas se aquele servo disser consigo mesmo: Meu senhor tarda em vir, e passar a espancar os criados e as criadas, a comer, a beber, e a embriagar-se, virá o senhor daquele servo em dia que não o espera, e em hora que não sabe, e castigá-lo-á, lançando-lhe a sorte com os infiéis."

Nossa vida, família, casa e bens são do Senhor e devemos administrar tudo isto vivendo intensamente para Deus com tudo o que Ele nos confiou. Parte do nosso dinheiro volta a Deus na forma de contribuições, mas o que não damos não deixa de ser d’Ele e deve ser empregado corretamente. Este é um princípio poderoso na vida do cristão e deve ser entendido e vivido antes mesmo da contribuição, que é só um pequeno aspecto da mordomia.

Contribuição

Queremos dar ênfase ao aspecto da contribuição pois é o que mais necessita ser compreendido e tem a ver com a vida da Igreja. Nossa contribuição é tão espiritual quanto nossas orações; não há como separar os assuntos em natural e espiritual. Quando um anjo do Senhor apareceu ao centurião Cornélio, lhe disse: "As tuas orações e as tuas esmolas subiram para memória diante de Deus" (At 10.4).

 Veja que o anjo diz que as orações e esmolas subiram igualmente perante Deus. Contribuição é um ato espiritual! A esmola é apenas um nível de contribuição, mas a Bíblia fala de outros dois níveis: o dízimo e a oferta (Ml 3.8-10). E assim como no caso da esmola, o dízimo e a oferta são apresentados como também produzindo um memorial perante o Senhor (Ml 3.16). Quando contribuímos em qualquer um destes três níveis, estamos levantando um memorial diante de Deus. Com esta linguagem figurada, a Bíblia está declarando que o Senhor se "lembrará" de nós para nos abençoar. A contribuição é um ato espiritual seguido de bênçãos!

O Dízimo

É a décima parte da renda, consagrada ao Senhor. Muitas das nações da antigüidade tinham procedimento semelhante em relação aos seus deuses e governantes. Aparece na Bíblia como prática dos patriarcas mesmo antes de ser instituído como lei em Israel. Abraão deu o dízimo a Melquisedeque (Gn 14.20) e Jacó também fez votos de dar a Deus o dízimo de tudo o que o Senhor lhe concedesse (Gn 28.22). Portanto, o dízimo não "nasceu" como uma ordenança e sim como um ato espontâneo, que depois foi instituído como lei.

A lei de Moisés mandava separar o dízimo dos frutos e do gado (Lv 27.30,32), com o propósito de sustentar a Tribo de Levi (Nm 18.4,24). Haviam 12 tribos, e a tribo de Levi foi separada para o serviço do Senhor, como não tinham herança na terra e nem podiam dedicar-se ao trabalho secular por seu ministério, os descendentes de Levi viviam do dízimo das outras 11 tribos. É interessante notar que os descendentes de Levi também dizimavam (Nm 18.26,27), o que nos ensina que mesmo os ministros de tempo integral devem fazê-lo também.

Um dos textos que melhor esclarece o dízimo é o da profecia de Malaquias (Ml 3.8-10): "Roubará o homem a Deus? Todavia vós me roubais, e dizeis: Em que te roubamos? Nos dízimos e nas ofertas. Com maldição sois amaldiçoados, porque a mim me roubais, vós, a nação toda. Trazei todos os dízimos à casa do tesouro, para que haja mantimento na minha casa, e provai-me nisto, diz o Senhor dos Exércitos, se eu não vos abrir as janelas do céu, e não derramar sobre vós benção sem medida. Por vossa causa repreenderei o devorador, para que não vos consuma o fruto da terra; a vossa vide no campo não será estéril, diz o Senhor dos Exércitos. Todas as nações vos chamarão felizes, porque sereis uma terra deleitosa, diz o Senhor dos Exércitos."

Ressaltado alguns princípios que devem ser destacados:

O DÍZIMO É DE DEUS. Esta parte de nossa renda é do Senhor, e não entregá-la é roubo. Jesus disse que devemos dar a César o que é de César e a Deus o que é de Deus (Mt 22.21), o que significa que a mesma obrigação que temos com os impostos é a que temos quanto ao dízimo. Ele é de Deus! Não fazemos nada mais que o dever quando o entregamos.

É BENÇÃO OU MALDIÇÃO. Entregar o dízimo é um ato espiritual, que constitui-se fonte de benção (Ml 3.10-12) ou de maldição (Ml 3.9). Ao entregarmos, somos abençoados, mas ao retermos (o que a Bíblia chama de "roubar") somos amaldiçoados. Ageu foi contemporâneo de Malaquias e também condenou a retenção do que pertencia a Deus. Sua geração não mais praticava o dízimo e as ofertas e foi amaldiçoado por causa disto (Ag 1.6,9-11); mas quando descobriram que não havia lucro algum em roubar a Deus, eles se arrependeram e voltaram a contribuir, o que permitiu que o templo fosse reconstruído. No dia em que lançaram os fundamentos do templo, Deus mudou a maldição em benção porque obedeceram (Ag 2.18,19).

É ENTREGUE NA CASA DO TESOURO. O dízimo tem destino certo. No Antigo Testamento ele era levado ao templo "para que houvesse mantimento (para os descendentes de Levi) na casa do Senhor". Porque no Templo? Porque é um princípio espiritual de que "quem semeia o que é espiritual tem direito de colher o que é material" (1Co 9.11; Gl 6.6). As pessoas devem entregar seus dízimos nas Igrejas onde são ministradas espiritualmente e recebem a Santa Ceia do Senhor (Gn 14 18-20).

O Dízimo no Novo Testamento

Algumas pessoas afirmam que o dízimo é pertencente única e exclusivamente ao Antigo Testamento e que a contribuição do Novo Testamento não tem quantia determinada. Ou seja, não está limitada aos dez por cento. De fato, todos os textos que esclarecem o dízimo são do Antigo Testamento, mas o Novo os sustentou, não necessitando de novas instruções. O ensino Neotestamentária deu muita ênfase às ofertas, que é um outro nível de contribuição e que necessita de mais instrução. Mas a verdade é que o Novo Testamento também fala do dízimo. Tudo o que pertencia à Antiga Aliança foi ensinado por Jesus de forma diferente, mas o dízimo não. Não foi suprimido, e sua prática foi encorajada pelo Senhor (Mt 23.23): "Devíeis fazer estas coisas." Isso significa: "Vocês devem dar o dízimo", mas com um coração correto. No livro de Hebreus, falando de Abraão que deu o dízimo a Melquisedeque, o autor afirma (Hb 7.8): "Aqui certamente recebem dízimos homens que morrem; ali, porém, recebe aquele de quem se testifica que vive."

Líquido ou Bruto

Nos dias de hoje, com benefícios que são deduzidos do salário, temos bem distinta a renda bruta (valor do holerite) e a líquida (o que o trabalhador pega na mão). E muitos se perguntam sobre o que valor devem calcular.  Aconselhamos que se dizime em cima daquilo que é o seu ganho. Independente dos descontos de empréstimos ou coisas parecidas. Aos empresários e profissionais autônomos ou liberais, aconselhamos que dizimem da sua renda pessoal, daquilo que você tira da empresa para as despesas suas e da sua família, e não 10% do faturamento bruto dela. Fazemos uso de um envelope de dízimo para melhor contabilizar as finanças da igreja, e não para controlar quem são as pessoas que contribuem e com quanto o fazem; é puramente uma necessidade administrativa. Bem como, uma questão de honestidade e transparência administrativa-eclesiástica.

Primícias

Na Antiga Aliança, antes da colheita os israelitas santificavam primeiro o que era do Senhor: as primícias, para depois continuarem colhendo. Em Pv 3.9,10 nos ensina a fazer o mesmo: "honrar ao Senhor com as primícias de nossa renda". Não espere sobrar para dizimar, separe o dízimo antes dos demais gastos do mês. Ele tem que ser a parte primordial do orçamento!

As Ofertas

Quando Malaquias repreendeu o povo de Deus, o fez pela retenção do dízimo e das ofertas. O dízimo tem seu percentual determinado, as ofertas não. Mas elas são algo que fazemos além do dízimo. Elas tem como destino o reino de Deus. Às vezes, são destinadas ao reino de Deus em toda parte. Vão para missões, para obreiros, para aquisição de qualquer coisa útil para propagação do evangelho, etc. Enquanto o dízimo visa suprir a necessidade de sustento dos obreiros de tempo integral, as ofertas não tem um propósito específico, se aplicam a suprir necessidades diversas que o só o dízimo não supre. A pessoa oferta o quanto e quando quer, mas as ofertas devem ser parte da vida do crente.

As Esmolas

Enquanto o destino do dízimo e as ofertas é o Reino de Deus, a Igreja, as esmolas destinam-se aos necessitados, sejam eles cristãos ou não. É uma expressão de compaixão e misericórdia para os que estão com falta de recursos para viver dignamente. O Antigo Testamento já instruía a cuidar do pobre (Lv 19.10; Sl 112.9; Pv 19.17) e o Novo Testamento mostrou o quanto isto é necessário, começando dos cristãos (Gl 6.9,10) e se estendendo aos ímpios. A Igreja sustentava as suas viúvas (At 6.1; 1Tm 5.3-16) e os irmãos supriam as necessidades uns dos outros repartindo seus bens (At 2.34,35). Temos a responsabilidade de exercer misericórdia e assistência social aos necessitados. E os recursos que proporcionam isto são as esmolas.

Leis da Contribuição

Fidelidade no Mínimo (Lc 16.10). Não adianta dizer que quando Deus nos der mais dinheiro, então contribuiremos. Se não o fazemos com pouco não faremos depois. Quem não dá 10% de 100 não vai dar 10% de 1000.

Segundo suas posses (1Co 16.1,2; 2Co 8.12; Lc 21.1-3). Deus não vê e nem compara números dados nas ofertas. Ele vê a disposição do coração e a limitação da renda. Quem possui mais não é melhor por ofertar mais do que o que tem menos condições. Mais pelo fato de ter dado mais por que tinha condições de dar mais e deu. Quando Jesus foi dedicado no templo, seus pais deram uma oferta de gente pobre.

Expressão de Generosidade (2Co 9.5-7). Deus não aceita o que é expressão de avareza. Atos 5 mostra que Ananias não foi generoso. Ele foi avarento e orgulhoso e quis estar em evidência. Deus não está atrás do nosso dinheiro, mas da expressão de generosidade. Sem GENEROSIDADE, o dinheiro não vale nada! Deve haver em nós alegria ao contribuir! O apóstolo Paulo se referiu a isto como sendo uma "graça". É um privilégio servirmos a Deus com nosso bens, e o Senhor não quer que ninguém o faça por constrangimento mas de coração.

Colhemos o quanto plantamos (2Co 9.6). Quanto mais contribuímos, mais abençoados somos! Se queremos romper na área financeira e andar na benção do Senhor temos que plantar mais. A colheita não é automática, precisa de tempo, mas é certa e não falhará!

Prova de Obediência. Minha contribuição em todos os seus níveis (dízimo, oferta, esmola) é uma prova da minha obediência a Deus. Portanto, se sou falho nesta área, estou demonstrando quem realmente sou! Além de que, Deus não precisa tanto da minha contribuição quanto eu preciso! Através dela mantenho um coração submisso a Deus e o dinheiro como um servo do Reino..

500    Anos    de 
Reforma Protestante



O que foi a Reforma Protestante?

Por volta do V Século, Constantino fundou a Igreja Católica Apostólica de Roma, quando decretou que a Igreja Cristã de Roma é a mãe e sede todas as Igrejas Cristãs da face da terra ao anunciar que o Bispo daquela cidade era o chefe universal de todas as Igrejas. Assim Constantino constituía o que mais tarde veio a ser a instituição papal. Desta forma o representante e substituto de Cristo, deixava de ser o Espírito Santo para ser o bispo de Roma, segundo Constantino. Nascia assim a primeira distorção dos princípios Apostólicos na História da Igreja Cristã.

A segunda divisão foi em 16 de Julho de 1054, assim, nascia a Igreja Ortodoxa quando Miguel Cerdulário, patriarca de Constantinopla, fechou as igrejas latinas em sua cidade e na Bulgária. O nome: Ortodoxa, pela qual é conhecida, significa mais do que o dogma infalível, pois abrange formas próprias especiais de adoração e confissão. Significa também continuidade de hierarquia e da apostolicidade da Igreja, rompidas pelo ocidente com o catolicismo de Roma e com o Protestantismo.

As divergências da Igreja Ortodoxa com a Igreja de Roma eram antigas e os debates oficiais tinham valores secundários: jejuns aos sábados, os seus padres são casados, diferença entre crisma e batismo, os ortodoxos batizam crianças por imersão, e com a doutrina do purgatório. As razões mais profundas não podiam ser expressas claramente, pois se baseavam em diferentes conceitos sobre natureza e a missão da Igreja, que para os orientais, tinham caráter místico e se perdia o tempo. A cisão, ou separação com Roma, se deu em 1054. Cerca de cinco séculos antes do Protestantismo. Os vários grupos orientais, que por motivos geográficos e linguísticos, sempre seguiram os patriarcas de Constantinopla, Jerusalém, Antioquia e Alexandria, aceitaram a separação como fato consumado. Seguiram-se os outros patriarcas: Moscou, Sérvia (Iugoslávia), Romênia e Bulgária. A partir de 1543, com a queda de Constantinopla, a Igreja ortodoxa russa reforçou sua posição no cristianismo oriental.

Após a libertação dos gregos do julgo turco, constituiu-se, sem consulta aos patriarcas, a Igreja da Grécia, com uma constituição que se assemelhava à Igreja Bizantina. Ao patriarca estão subordinados os Bispos, e aos Bispos, os sacerdotes. Como ponto central ortodoxo encontra-se o pensamento teológico acerca do segredo da sua morte na cruz e sua ressurreição. Os ortodoxos não possuem imagem de escultura. Não tem celibato e seus sacerdotes são casados. A maior festa da IGREJA ORTODOXA é a páscoa (ressurreição de Cristo) contando com solenes procissões e festas familiares.

Finalmente em 31 de outubro de 1517, há 495 anos, inicia-se uma divisão na igreja Católica de Roma, que ficou conhecida como a Reforma Protestante, começando um novo movimento religioso conhecido atualmente como protestantismo, ou popularmente como evangélico. Inicialmente Lutero, monge Católico de Roma, não teve a intenção de dividir a sua Igreja, mais de reconduzir a sua Igreja aos princípios teológicos da indefectível palavra de Deus, a Bíblia Sagrada. Porém, não conseguindo, foi forçado a aliasse aos zelosos pela utilização da Bíblia como única regra de fé e prática e iniciar, assim um poderoso avivamento bíblico no seio da Igreja Católica de Roma.

Isto foi desencadeado pela divulgação das 95 teses de Martim Lutero, que pretendo ler no final desta minha fala, nesta tribuna livre, desta casa do Povo. Esta atitude restaurou a vida eclesiástica e espiritual da igreja da época, pois havia se desviado seu foco da Bíblia. Sendo assim nasceram cinco princípios fundamentais desta reforma:

“A sola scriptura” que defendia uma igreja centrada nas escrituras sagradas,

“A sola gratia” que reconhecia a salvação e vida cristã fundamentada na Graça do Senhor Jesus Cristo e não nas obras humanas;

“A sola fide” que evocava a fé e o compromisso de fidelidade com o Senhor Jesus;

“A sola Christus” anunciava que o próprio Cristo estava construindo sua igreja na terra sendo seu único Senhor e

“A sola Deo gloria” que enfatizou que a finalidade maior da igreja era glorificar a Deus.

Assim a Reforma Protestante começou a produzir uma série de questionamentos na sociedade da época, deixando de ser um movimento anti-papal, para se tornar um dos maiores avivamentos religiosos da história da Igreja. Surgiram paralelamente a Lutero outros movimentos reformistas destacando-se precisamente na Suíça, França, Escócia e Inglaterra. É neste momento que nascem e crescem muitos teólogos que mais tarde influenciariam o protestantismo pós-Lutero, iniciando assim, a era protestante.

No Brasil não foi diferente, e esse movimento entrou no Brasil, tanto por homens como por mulheres que se convertiam à palavra de Deus, a Bíblia Sagrada. Mas, infelizmente, vemos no protestantismo atual, um distanciamento do ideal pregado pelos reformadores. Realmente, não vendemos propriedades no céu, mas em compensação, vendemos um evangelho de ilusão, na qual se tem a prática de venda de amuletos, como a rosa, o sal de Israel, a água do rio Jordão, entre outros. Prática que vende a ideia de que se aceitarmos Jesus nunca mais teremos problemas, como é defendido pelos Teólogos da Prosperidade.

Isso é muito triste, por isso, diante de algumas palavras queria que pudéssemos refletir a verdadeira mensagem da cruz de Cristo e lermos mais atentamente as 95 teses, e quem sabe fazer uma nova reforma na fé protestante, pois o que sinto e vejo é que a igreja protestante tem se esquecido da sua principal missão no mundo. Falar de quem é Jesus e o que ele pode fazer por nós, seguindo seu exemplo de vida e amor para com todos.

Minha proposta não é que se abandone a fé, mas que se pense a fé assim como Lutero e outros o fizeram. E que nasça nos nossos corações um amor verdadeiro pela mensagem da Cruz de Cristo.

Quais foram as Principais Causas da Reforma Protestante?

 

Não há como negar a influência da Reforma Protestante em nosso século. Qualquer livro de História que aborde o tema: "Baixa Idade Média e início da Idade Moderna", tem, obrigatoriamente, a necessidade de discorrer sobre um dos principais marcos dessa época: a Reforma Protestante, liderada pelo monge agostiniano Martinho Lutero. Embora seja extremamente velho (quase 500 anos), trata-se, porém, e um tema ainda vivo e em debate nos dias de hoje.

A interpretação que os historiadores dão à História influencia a explicação das causas da Reforma Protestante. A ênfase sobre um ou outro fator histórico depende da escola de interpretação. Vejamos o que nos informa o historiador Earle E. Cairns:

“Os Historiadores Protestantes, interpretam a Reforma como um movimento religioso que procurou redescobrir a pureza do Cristianismo primitivo como descrito no Novo Testamento. Esta interpretação tende a ignorar os fatores econômicos, políticos e intelectuais que ajudaram a promover a Reforma”.

Os Historiadores Católicos Romanos, interpretam a Reforma como uma heresia inspirada por Martinho Lutero por alguns interesses pessoais, entre eles, a sua vontade de casar. O protestantismo é visto como um cisma herético que destruiu a unidade teológica e eclesiástica da Igreja Medieval, se bem que o Catolicismo nunca conseguiu a proeza de se manter uno! Os historiadores católicos se esquecem da verdadeira problemática que envolveu a Igreja Romana, porque, no período da Idade Média, muitíssimas barbaridades e anomalias foram vistas dentro da Igreja, gerando muitos protestos que não foram atendidos, o que resultaram finalmente na Reforma”.

“Os Historiadores Seculares, dão mais atenção aos fatores secundários em sua ótica sobre a Reforma. O historiador Voltaire ilustra muito bem a interpretação racionalista. Para ele, a Reforma Protestante foi apenas a consequência de uma briga de monges da Saxônia e, na Inglaterra, a Reforma Religiosa não deixou de ser apenas resultado de um caso de amor de Henrique VIII. É claro que tais conjecturas fazem parte da História. Mas resumir, de tão nobre movimento, pelos quais pessoas sacrificaram suas próprias vidas, que somente essas ocorrências seriam suficientes, é falta de vontade de analisar exegeticamente os fatos”.

“Os Historiadores Marxistas, determinam que a Reforma Protestante, aconteceu devido a questões econômicas. Ela é vista como resultado da tentativa do papado romano de explorar economicamente a Alemanha para lucro próprio. Seria o resultado da oposição de nações/Estados a uma Igreja internacional. Para eles, a Reforma foi um simples episódio político de origem nacionalista”.

Embora haja elementos de verdade em todas as interpretações comentadas pelo historiador Earle E. Cairns é preciso, porém, notar que suas ênfases, em geral, recaem sobre causas secundárias e, quase sempre, uma causa secundária particular. A Reforma não se explica de maneira tão simplória. Suas causas são múltiplas e complexas.

As Causas da Reforma

O Fator Político: Pode ser considerado como uma das causas indiretas e importantes para a eclosão da Reforma. As novas nações/Estados, centralizadas ao Noroeste da Europa, se opunham à noção de uma Igreja universal que reivindicasse jurisdição sobre o Estado nacional e seu governo. O ideal universal colidia com a consciência nacional emergente das classes desses novos Estados. No caso da Inglaterra, o rompimento de Henrique VIII com a Igreja de Roma aconteceu por causa do seu divórcio com sua primeira esposa, Catarina de Aragão. Com isso, estava lançada a semente para o nascimento da Igreja Anglicana.

O Fator Econômico: As terras da Igreja de Roma na Europa ocidental eram cobiçadas pelos governantes nacionais, pela nobreza e pela classe média das nações/Estados. Os governantes lamentavam a perda do dinheiro enviado para o tesouro papal em Roma. Além disso, o clero estava isento dos impostos dos Estados nacionais, sendo uma sanguessuga incessante! Também é relevante, nesta questão econômica, comentarmos sobre a problemática das indulgências. O abuso do sistema das indulgências era um fator de pobreza, ainda mais na Alemanha, onde os muitos benefícios ao papado eram abusivos, fato que enfurecia Lutero.

O Fator Intelectual: Deve-se à postura crítica, adotadas por homens de mentes lúcidas e secularizadas diante da vida religiosa dos seus dias. O humanismo da Renascença, especialmente na Itália, criou um espírito secular semelhante àquele que caracterizou a Grécia clássica. Obviamente, as mentes desembotadas do humanismo não podiam digerir os embustes do romanismo, dando espaço para que cristãos mais esclarecidos pudessem desatar o Cristianismo das cadeias da ignorância.

O Fator Moral: Os estudiosos humanistas, que possuíam o Novo Testamento em grego, perceberam logo a discrepância entre a Igreja neotestamentária que viam na Bíblia e as práticas da Igreja Católica de Roma. A corrupção atingira todos os escalões da hierarquia eclesiástica: prostituição, suborno, corrupção, assassinatos, cobranças de indulgências, etc. Enfim, a conjuntura dos fatos mostravam o quanto a Igreja Católica de Roma estava em trevas. De todos os fatores que poderiam levar à Reforma Protestante, nenhum foi mais significativo do que o fator moral.

O Estopim da Reforma

A faísca foi lançada em 1517, ocasião em que a campanha das indulgências, em favor da basílica de São Pedro, em Roma, estava a todo vapor. Tetzel, um padre dominicano, pregava sobre as indulgências com grande exibicionismo. "Dizem que cada vez que cai a moeda na bolsa do frade, uma alma sai do purgatório", o asseverava.

Diante disso, Lutero resolveu protestar, fixando suas 95 teses na porta da Igreja em Wittenberg (Alemanha), condenando o uso das indulgências. A resposta do papa Leão X veio na bula Exsurge Domine, ameaçando Lutero de excomunhão. Mas era tarde demais. As teses de Lutero já haviam sido distribuídas por toda a Alemanha. Lutero, então, foi chamado a comparecer à dieta de Worms, para se retratar. Mas respondeu que não poderia se retratar de nada do que disse. Foi na dieta de Spira, em 1529, que os cristãos reformistas, pela primeira vez, foram apelidados de "protestantes", devido ao protesto que os príncipes alemães fizeram diante do autoritarismo do Catolicismo.

Em todos esses países, houve perseguição aos reformadores e aos novos protestantes. A perseguição se tornou ainda mais intensa com o movimento da Contra-Reforma, promovido pelo Catolicismo. Era um método de represália. A Reforma enfrentou 100 anos de guerras religiosas dos reis católicos contra os protestantes. Mas saiu vitoriosa, prosperou, e as igrejas protestantes foram fundadas em todas as partes do mundo. Hoje, graças a Deus, uma grande parcela da população Ocidental é protestante. E o Brasil caminha a passos largos para ser conquistado totalmente pelo protestantismo evangélico.

O que dizer do Protestantismo no Brasil?

 

 

O estudo da história da igreja cristã, especialmente no Brasil, têm provocado alguns estudiosos a observar e escrever sobre os problemas do protestantismo em nosso país, as perspectivas do movimento são discutidas a necessidade de uma teologia tupiniquim. O professor Luiz Sayão, nos convida a fazer essa análise:

"É preciso pensar o protestantismo pau-brasil! Protestantismo do país pentacampeão, pentasecular, pós-pentecostal, perigosamente problemático, praticamente pós-moderno! Para pensar, em prolegômenos, o protestantismo principiante do principal país português, precisamos proferir palavras propriamente planejadas, previamente preparadas, pesquisando os períodos do protestantismo pau-brasil: partindo-se do pioneiro e principiante, e prosseguindo até o presente e pós-moderno. Possivelmente poderemos prosseguir pincelando o painel polimorfo protestante! Podemos prosseguir? Perfeitamente!"

Após as duas tentativas frustradas de implantação do Protestantismo no Brasil (no Rio de Janeiro, pelos calvinistas franceses em 1555 e no Nordeste brasileiro, pelos holandeses em 1630), podemos considerar o início efetivo do movimento a partir do século XIX, embora ainda restrito, devido à vinda da família real, fugida de Lisboa, atacada pelas tropas napoleônicas. Na ocasião, a Inglaterra, que escoltou os navios portugueses na viagem da família real, ganhou uma permissão restrita para promover cultos nos navios ancorados em portos brasileiros. Essa implantação ocorreu de duas formas, com o protestantismo de imigração (também chamado de protestantismo de colônia ou étnico e temos como exemplo os luteranos) e o protestantismo de missão (aonde o missionário vindo do exterior realizava a obra missionária, objetivando converter os brasileiros. Como exemplos, temos os batistas, presbiterianos e congregacionais).

Outro marco do protestantismo no Brasil é a inserção do pentecostalismo que, didaticamente, foi classificado em três ondas: 1ª onda é chamado de pentecostalismo clássico, surgida em 1910 e representado pelas Assembleias de Deus. 2ª onda insere-se no país entre 1950 e 1960, através da Igreja do Evangelho Quadrangular, Brasil para Cristo e Igreja Pentecostal Deus é Amor, Igreja de Deus, dentro do contexto paulista e a renovação de das Igrejas tradicionais. 3ª onda é também chamada de neopentecostalismo, surge entre 1970 e 1980 através da Igreja Universal do Reino de Deus e a Igreja Internacional da Graça de Deus, surgidas no contexto carioca, seguida das várias chamadas Comunidades Evangélicas.

Apesar da forma muito simplificada que a implantação das diversas denominações protestantes foi abordada, cada uma, com suas particularidades, contribuiu para o que hoje compõe o que se observa como fenômeno plural do universo religioso brasileiro. Não menos diverso foi o contexto que o protestantismo encontrou em nosso país. O Brasil foi colonizado por Portugal, país também miscigenado (formação original celta, seguido de romanos, bárbaros germânicos, mouros e árabes) e com um catolicismo muito mais místico do que o restante da Europa e um povo muito pacífico, com forte tendência comercial. Além disso, tivemos também a influência através da presença dos africanos, devido à escravidão e dos grandes movimentos migratórios de italianos, alemães, japoneses, libaneses, entre outros, que convivem em harmonia, o que resultou uma mistura racial muito grande.

Observa-se que a cultura brasileira é peculiar e possui relações com a revelação bíblica e que não foram exploradas pelas teologias estrangeiras. O que uma teologia brasileira então deveria abordar? Talvez pudessem citar, em primeiro lugar, a diversidade e tolerância, pois estamos em um país altamente tolerante. Corrobora com isso o ideal bíblico de que aquilo que nos une deve ser maior do que o que nos separa (somente no Brasil, árabe e judeu vão para a TV fazer piada um do outro); temos uma nação que crê e respeita o sagrado, em todas as classes sociais; temos um povo altamente informal, com forte ênfase nas relações humanas (o Rio de Janeiro, por exemplo, foi eleita a cidade mais hospitaleira do mundo); a cultura brasileira trabalha uma relação tranquila com idéias diferentes, diferentemente de teologias estrangeiras; temos a marca da esperança que as coisas vão melhorar, apesar de todas as dificuldades sociais, econômicas e políticas; a dimensão estética, a busca do belo e do prazer de viver a vida; as questões sociais, devido aos abismos e sérios problemas que temos em nossa sociedade e o elemento comemorativo, tão forte na Bíblia e também em nossa cultura.

Nossa teologia poderá ser muito significativa se, além de levados em consideração esses aspectos peculiares, fizermos uma ponte entre eles e a Bíblia. Sayão finaliza o seu artigo com a seguinte mensagem:

"Paremos com o pessimismo, pois o protestantismo é promissor, pujante e prevalecente. Precisamos pensar e praticar passionalmente o protestantismo parelhado com a Palavra. Para podermos prevalecer, precisamos ponderar e prosseguir. A primeira ponderação é a prioridade da Palavra. Pressuposto primordial! Precisamos pesquisar e perscrutar a Palavra. Propulsionados pelo perscrutar persistente da Palavra do Pai poderemos perfeitamente prosseguir. Os preceitos da Palavra perfazem o próximo passo. Precisamos praticar os preceitos do Príncipe da Paz. Palavra e Prática prosseguem em par! Por fim, penso que precisamos priorizar a prece. Perscrutar e praticar a palavra prepara o profeta, o pregador, o pastor a proferir palavras para o Pai Perene. Praticar a prece profetiza o prevalecer perpétuo pelo poder do Pai."

A observação dos nossos aspectos culturais e também dos preceitos bíblicos, poderá fazer a produção teológica de o Brasil crescer qualitativamente e, além disso, devido à proeminência de nossa cultura e futebol no mundo, por exemplo, principalmente na África, Ásia e Oriente Médio, poderemos fazer algo bastante substancial também no campo das missões.

Como era o Pano de Fundo Político e Filosófico da Renascença, de onde brotou a Reforma Protestante?

Senhoras e Senhores Vereadores e Vereadoras, bem como todo o povo de Cristalina aqui presentes, no pano de fundo do pensamento renascentista se destacam algumas figuras de vulto, começando com Nicolau de Cusa e terminando com Giordano Bruno.

É uma nova concepção filosófica do mundo e da vida, ainda não bem claramente esboçada, de que seus próprios autores, às vezes, não tem clara consciência. É uma época de transição, em que novo e velho se entretecem mutuamente. A maior conquista do pensamento da Renascença está na história humana e na ciência natural. Daí deriva, em seguida, a ciência política e a técnica científica, que tiveram o seu grande início. É o fruto do vivo interesse e da penetrante observação da experiência e do concretismo, quase desconhecidos do pensamento clássico e medieval.

A expressão clássica da nova ciência política é Nicolau Machiavel, que não era filosófico, mas teórico da técnica política, embora seu pensamento esteja alicerçado na metafísica do humanismo e do imanentismo renascentista. Galileu Galilei é a maior expressão da ciência nova. Ele também não foi filósofo, mas teórico e técnico da renovada ciência da natureza, mesmo que tenha vaidades e faça afirmações de alcance metafísico.

Embora a Renascença seja de caráter imanentista e humanista, e não se harmonize com o catolicismo de Roma da época, o Cristianismo não esteve ausente dela, e muito menos da vida transcendente e ascética. O verdadeiro Cristianismo da Renascença pode ser representado pelo Protestantismo, e, em especial, pelo Protestantismo Luterano.

Apesar de tantos de seus aspectos exteriores estarem em oposição com o espírito renascentista, o Protestantismo exprime, no fundo, o mesmo ideal imanentista e individualista da Renascença. Assim, podemos considerar a Reforma Protestante como sendo a religião da época nova, e, em seguida, na Contra-Reforma Católica como natural reação, ou melhor, como desenvolvimento lógico do Cristianismo Católico perante as duas novas tendências de pensamento e de vida.

Os ensinamentos da Reforma baseiam-se na Bíblia Sagrada e vão de encontro a diversos dogmas fundamentais no catolicismo. A Contra-Reforma é o movimento de reação e de renovação contra a Reforma e a Renascença. Culmina no Concílio de Trento (1546-1563), e tem como sua maior expressão a Ordem dos Jesuítas da Companhia de Jesus, fundada em 1534.

Do ponto de vista filosófico, a Contra-Reforma tem como característica fundamental a valorização do concretismo moderno, mas subordinado a uma reafirmação profunda e vigorosa da transcendência e do ascetismo.

Da Itália, berço do humanismo e da Renascença, o Renascentismo propagou-se por toda a Europa civilizada, que, aliás, estava preparada para receber estas novas formas de pensamento e de vida. Nas grandes nações europeias o humanismo e o renascimento se interessam especialmente pelos problemas religiosos, que, entretanto, não despertaram na Itália demasiado interesse possivelmente em virtude da intolerância do catolicismo de Roma.


Feliz Dia da Reforma!







 

"Porque a palavra da cruz é loucura para os que perecem; mas para nós, que somos salvos, é o poder de Deus" (1Co. 1.18).

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